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💡Claridade Mental (que porra é essa?)
Se você está se sentindo perdido esse texto pode te ajudar!

MP;RA
(versão brasileira do TL;DR, too long didn’t read, Mó Preguiça, Resume Aí)
Quando nos sentimos perdidos, a melhor coisa que podemos fazer é olhar para tudo que já fizemos e identificar as coisas que gostamos ao longo da nossa história.
Se você quer melhorar em alguma coisa, desenvolvimento pessoal é um caminho que você vai se deparar.
PS: Isso não é autoajuda, o objetivo é ser prático em como melhorar no dia a dia e como fazer isso de forma sustentável
Se movimentar é a melhor coisa que podemos fazer para sair de uma fase ruim.
Sabe aquele momento quando estamos sozinhos e temos uma sensação de estarmos perdido? Parece que as coisas que estamos fazendo não estão fazendo sentido.
Foi em um desses momentos que caí no loop de vários canais do YouTube: Nathaniel Drew, Matt D’Avella e Better Ideas.
O Nathaniel faz vídeos entre 5 e 15 minutos, mas o conteúdo desses vídeos é tão forte que parece que passamos muito mais tempo neles (esse por exemplo tem 6 minutos e tem legendas automáticas em português se for necessário).
Ele basicamente compartilha as experiências em vários aspectos da vida e se você estiver em um momento parecido, os vídeos dele são um ótimo conteúdo para assistir!
Uma frase que resume os temas dos vídeos:
“Em busca de claridade mental”
Isso basicamente se resume a nossa busca na vida do que realmente queremos fazer.
Tenho certeza que essa dúvida bate mais forte em alguns momentos específicos da vida, mas principalmente quando nos sentimos estagnados ou perdidos.
Seja por causa de um trabalho, de um relacionamento ou apenas de um momento difícil, todos passamos por isso.
Como todos somos diferentes, estou compartilhando como consegui “me encontrar“ com o objetivo de poder te ajudar se você está em um desses momentos.

Desde que comecei a faculdade procurei experiência profissional, porque sempre achei a faculdade muito básica.
Depois de passar por duas agências de publicidade e marketing, entrei na Volvo como estagiário de marketing e comunicação e essa experiência foi minha maior escola para entender como as coisas acontecem na vida real e não no cenário perfeito das aulas.
No tempo que fiquei por lá minha cabeça estava no modo “sangue no olho”, queria fazer tudo que fosse possível para me provar como profissional, mas não fazia a menor ideia da direção que estava indo.
Durante esses dois anos a enorme equipe de marketing era composta por 3 pessoas, ou seja, tinha bastante coisa para fazer e desde os primeiros dias já me deram um voto de confiança para executar projetos.
Meses depois, uma das pessoas mudou de empresa e passei a trabalhar só com o coordenador. Com uma pessoa a menos, o volume de trabalho consequentemente aumentou e estava sentindo cada vez mais confiança no meu trabalho já que me deram autonomia e liberdade.
Um belo dia de manhã, tinha acabado de acordar e o coordenador me liga avisando que tinha aceitado uma proposta para outra empresa.
A enorme equipe de 3 pessoas virou um show de uma pessoa só (ainda com um contrato de estágio). Isso me mostrou 2 coisas:
Seu cargo não significa muita coisa, muito menos limita sua capacidade de execução.
Crescer na carreira não é necessariamente mérito, nesse cenário minha função foi de estagiário para coordenador em 2 anos, porque as pessoas simplesmente mudaram de empresa, não porque eu estava preparado ou porque haviam me treinado para executar essa função.

Em resumo, um trabalho que era feito por 3 pessoas passou a ser feito por uma só e tive um belo burnout.
Gostava das pessoas que trabalhavam comigo, da autonomia, mas aquela situação me sobrecarregou e mudei o rumo do que estava fazendo.
Fui de uma multinacional para uma startup em outra função e toda aquela autonomia e liberdade que tinha antes desapareceu e tive a sensação que toda aquela bagagem tinha sido jogada no lixo.
Nessa frustração de não ter responsabilidade, claramente continuei procurando outras oportunidades e isso se repetiu mais duas vezes.
3 startups depois, percebi que talvez marketing não fosse mais a minha praia.
Mas na realidade não tinha nada a ver com a área, o fato era que não encontrava propósito nos trabalhos que estava fazendo.
Junto com uma frustração gigantesca de ter conquistado a responsabilidade e respeito em uma empresa e depois ter que voltar a estaca zero, fazendo trabalhos sem responsabilidade nenhuma de basicamente “apertar parafusos“.
Sempre brinco que essa época da minha carreira foi como o valor do bitcoin, minha função subiu muito rápido e caiu mais rápido ainda.

Achando que marketing não era pra mim, resolvi fazer uma mentoria de carreira e acabei criando afinidade por gestão de projetos, gestão de produtos, agilidade e consultoria.
Buscando uma transição de carreira e de novo na busca por vaguinhas, entrei naquele momento maravilhoso de me candidatar em vagas todos os dias e receber dezenas de emails automáticos super humanizados dos nossos amigos do RH.
Em algum momento já tinha começado a duvidar da minha capacidade, desculpa te dar o spoiler, mas a síndrome de impostor chega para todos, e ainda recebendo só negativas das vagas naqueles emails horríveis sem feedback nenhum, mesmo depois de ter feito várias “avaliações”.
Eventualmente consegui passar em um processo seletivo, que demorou só 3 meses, para a área de auditoria na esperança de conseguir migrar para consultoria.
Resumindo essa história, meu tempo lá durou a mesma coisa que o processo seletivo, em 3 meses já estava tomando remédio de ansiedade de tão ruim que foi a experiência e pedi para sair.
Diferente das 3 startups, dessa vez não saí desanimado nem duvidando da minha capacidade, dessa vez a perspectiva era outra.

Nesse meio tempo durante a transição de carreira, no meio de várias frustrações, aconteceram coisas muito boas que me colocaram de volta em um caminho com muito mais clareza do que eu realmente queria fazer.
Entre alguns meses procurando por vagas e sem conseguir nenhuma resposta positiva, me candidatei para um evento da Fundação Estudar de relacionamento com empresas e esse foi o primeiro empurrãozinho para as coisas começarem a dar certo.
Esses eventos geralmente são uma oportunidade de se conectar com outras pessoas, sejam elas profissionais das empresas ou os próprios participantes.
Nesse caso foi a conexão com as pessoas que foi essencial para mudar minha perspectiva, às vezes a gente só precisa saber que não estamos sozinhos em algum problema e criar uma rede de apoio para essas pessoas se ajudarem é muito importante.
Além de conhecer um pessoal sensacional, na cerimônia de encerramento do evento ganhei um curso de liderança para participar. Sorte também faz parte da sua carreira e da sua vida, quem acha que tem mérito de tudo só está adotando uma doce ilusão.

detalhe: minutos antes eu estava reclamando que nunca tinha ganhado nada.
Nesse curso foi mais uma oportunidade de fazer conexões com pessoas incríveis e definitivamente melhores que eu em MUITA coisa.
Mas foi uma boa surpresa que uma boa parte de um curso de liderança era voltado para o autoconhecimento, se nem você sabe o quer, como vai conseguir liderar outras pessoas?
Entre todos os módulos do curso, falando sobre vários valores, teve um deles que guardei com um carinho um pouco maior.

Em um dos módulos fizemos algumas dinâmicas e acabei apresentando justamente esse.
Sem gente boa perto da gente, não fazemos porra nenhuma.
Se nos cercamos de pessoas melhores que a gente, nossa tendência é seguir o grupo e acabamos ficando melhores quase que por osmose.
Essa frase todo mundo já está cansado de ouvir, mas o valor “gente boa” significa construir uma rede de apoio para qualquer coisa, para fazer parcerias de negócio, para pedir ajuda com problemas, ou para simplesmente compartilhar as coisas e ter apoio de pessoas que são importantes para você.
Autoconhecimento pode parecer algo que cai em autoajuda, mas vai muito além disso. Se sabemos o que realmente nos motiva é muito mais fácil de levantar da cama todos os dias.
Com isso em mente, entre módulos do curso tinha um desafio que você precisava montar algum tipo de projeto e minha ideia era criar uma plataforma de mentoria para auxiliar profissionais em começo de carreira a se conectarem com profissionais mais experientes para entender melhor os possíveis caminhos para se trilhar na carreira.
Enquanto pensava nesse projeto, o Gabriel me convidou para fazer parte da Builders 2 Builders e entendi que podia ajudar as pessoas de outra maneira.
Transição de carreira → desânimo com vagas → evento de relacionamento com empresas → curso de liderança → newsletter própria sobre SaaS
Que caminho esquisito né, mas tudo isso me ajudou a entender que meu caminho não era necessariamente o mais convencional, só precisei de muito reforço de outras pessoas me dizendo que era capaz de fazer alguma coisa sozinho.
Depois de 10 meses fazendo parte da Builders 2 Builders decidi fazer o Tripulantes de forma 100% autônoma e acredito que alguns objetivos estão mais claros do que nunca.
“Subir” na carreira sozinho não trouxe realização nenhuma, porque para mim crescer sem conseguir levar outras pessoas para cima junto com você não vale nada.
Mesmo fazendo esse projeto sozinho, a ideia é justamente tentar ajudar oferecendo outro ponto de vista sobre alguns assuntos que podem parecer simples demais.
Para não estender ainda mais esse conteúdo:
Claridade mental é entender as coisas que são importantes e a partir disso se arriscar até encontrar algo que realmente gostamos de fazer!
Você nunca está sozinho e construir sua rede de apoio pode ser a coisa mais importante que você pode fazer.
As coisas não acontecem na velocidade que queremos e podemos fazer 2 coisas para melhorar essa situação: aprender a ter mais calma e paciência que algumas coisas não acontecem da noite para o dia ou as coisas podem acontecer no seu ritmo com o “custo” de você não escolher o caminho convencional.
Quando passamos por fases ruins, o mais importante é não ficar parado (uauuu que óbvio) tente cultivar seus hábitos, seja ele um exercício, leitura, o importante é se movimentar e se conectar com pessoas, assim as oportunidades eventualmente vão surgir
Fica o spoiler para o próximo conteúdo: fazer as coisas com calma e ainda se manter produtivo, Slow Growth.
Se quiser conversar comigo: Bora marcar um café? ☕
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