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✒️ Como criar a sua Newsletter
Quer criar a sua newsletter e não sabe por onde começar?

MP;RA
(versão brasileira do TL;DR, too long didn’t read, Mó Preguiça, Resume Aí)
Antes de criar qualquer expectativa, você gosta de compartilhar suas ideias? Escrever 4, 8 ou 20 conteúdos por mês parece algo que você faria?
Comece pelos seus interesses, tem algo mais fácil para começar do que escrever sobre o que realmente gostamos?
No meio do caminho aprendemos como refinar o conteúdo e adaptar novos formatos, mas referências são essenciais.
Qualidade nessa mídia é o que escrevemos, então a habilidade mais importante é a comunicação. Não precisa ser um expert em português, mas se comunicar com clareza é o mais essencial.
As newsletters é uma mídia que veio para ficar, por isso decidi montar essa espécie de guia que pode te ajudar a criar a sua newsletter.
Uma das maiores referências nesse meio é o Lenny Rachitsky, que tem uma newsletter sobre produto e já alcançou a marca dos 400 mil leitores.
Em uma entrevista que o Lenny deu para o Entrepreneur ele comentou bastante sobre a trajetória do negócio e é uma baita referência que utilizei ao longo desse conteúdo todo!
Mesmo que você leia esse guia, ouvir a entrevista ou ler o transcrito original vale muito a pena (tudo em inglês)
O objetivo é ser o mais realista possível, então além do Lenny incluí insights da minha trajetória e de outros criadores próximos!
Estamos em um momento ótimo para se criar uma newsletter, muitas pessoas estão saturadas de conteúdos de redes sociais, do excesso de anúncios e além disso, existem centenas, se não milhares, de newsletters entregando muito conteúdo foda que muito curso caro por aí não entrega.
Muitos conteúdos de blog são genéricos e simplesmente feitos para otimização de SEO dos sites e agora com o ChatGPT e outras tecnologias de IA a tendência é que essa banalização fique cada vez mais acentuada.
Antes o problema era ter acesso à informação, hoje o problema é ter conteúdo demais na internet e nosso objetivo é encontrar boas fontes nesse mar de informações infinitas.
Esse tipo de mídia também sofre com conteúdos de baixa qualidade, mas é uma maneira alternativa de se cultivar uma audiência.
Se o seu objetivo é criar um novo canal para a sua empresa ou simplesmente cultivar uma audiência com os mesmos interesses, a newsletter pode ser uma das respostas para o seu problema!

Por onde começar?
Tudo começa pela sua curiosidade, o fato de estar lendo esse email ou direto pela internet, você provavelmente já marca a primeira caixinha de requisitos.
✒️Newsletter é uma mídia escrita, se você não tem o costume de escrever ou tem dificuldades de transferir suas ideias para esse formato. Talvez esse não seja o formato ideal.
📚 Para escrever conteúdo é necessário consumir conteúdo, parece meio óbvio, mas independente da frequência que você for escrever, ideias precisam surgir para se transformarem em um conteúdo de qualidade.
Essa inspiração pode vir de qualquer mídia, livros, podcasts, posts do LinkedIn, Instagram, cursos, faculdade, YouTube, trabalho, esses são alguns exemplos de onde podemos usar como referência para consumir conteúdo.
⁉️O produto de uma newsletter é a qualidade dos conteúdos, portanto não adianta escrever tudo pelo ChatGPT sem personalidade nenhuma.
Claro que se a gente for classificar todas as newsletters existentes vamos precisar de muitas categorias. Mas em poucas palavras o conteúdo precisa entreter ou informar, esse é o fundamento na entrega de valor!
Na entrevista, o Lenny cita que grande parte dos projetos atuais se classificam em 4 grandes grupos:
Entretenimento: são as pessoas que buscam se divertir lendo alguma coisa.
Negócios: são as pessoas que buscam se informar sobre como podem fazer mais dinheiro em suas empresas.
Estilo de vida: são as pessoas que buscam dicas de carreira, lifestyle, como ter mais produtividade, soft skills.
Novidades: sejam elas notícias, podcasts ou o que quer que esteja acontecendo no momento.
💎Independente da categoria que seu projeto pode se encaixar, o conteúdo precisa ter alguma coisa de único. Caso contrário, por que as pessoas vão ler o seu conteúdo?
A identidade que for criada para o projeto, seja sua própria personalidade ou uma marca, carrega algo único que é praticamente impossível de replicar.
Para escrever um conteúdo igual a esse a pessoa (ou IA) precisaria ter acesso à nossas experiências, opiniões e fontes.
Nenhuma dessas características é necessariamente única, mas a combinação desses fatores sim.
Porra, de novo com esse papinho? Insistimos nesse ponto por um motivo: personalidade cria conexão, se a sua marca é um picolé de chuchu (não tem gosto de nada) ninguém vai ter interesse em ouvir o que você tem para falar.

Esse é meu objetivo quando escrevo qualquer coisa, claro que a versão em texto não repito a quantidade de “tipo” que falo na vida real.
Todos os conteúdos carregam a nossa essência de algum jeito, seja pela conexão de assuntos totalmente distintos, gifs, piadas ruins, sarcasmos ou qualquer outra coisa.
Mas parte da nossa essência é sempre focar em algum aspecto prático, nem que seja para dar um empurrãozinho para você começar alguma coisa nova!

Tipo de Conteúdo: Generalista X Nichado
Não sei se isso é verdade, mas acredito que quanto mais generalista você for, mais incrível você precisa ser para fazer com que as pessoas se importem.
Quando você opta por um nicho, a barra é “um pouco mais baixa” uma vez que o grupo pensa “ah esses conteúdos são para mim e podem ser interessantes e úteis”.
É uma discussão muito interessante e a decisão de cada um acaba sendo natural, porque quando começamos a escrever sobre um assunto muito específico por muito tempo, corremos o risco de ficarmos entediados.
Quanto mais nichado você decide se posicionar, a probabilidade da sua audiência ser menor é grande, porém é possível abordar os assuntos com uma profundidade maior.
O Lenny por exemplo se foca em gestão e construção de produtos, mas ele também aborda outros assuntos.
O tema de gestão de produtos é uma âncora para outros interesses, growth dos produtos, carreiras em produto, problemas de startups, entre vários outros.
Imagina se todos os conteúdos fossem sobre o mesmo assunto, em algum momento até a gente ia ficar entediado de escrever só sobre isso e os leitores provavelmente não aguentariam mais receber os emails.
A decisão principal que precisa ser tomada é que as pessoas precisam saber que problema você está resolvendo. “Quero implantar PLG na minha empresa e não sei como, ouvi que a Builders 2 Builders tem conteúdos bons sobre o assunto”.
É a âncora que vai trazer o reconhecimento, se não for um assunto ou área que faz seu olho brilhar, provavelmente não será um projeto de longo prazo.
Você quer escrever mas não sabe o assunto, use seus interesses genuínos.
Caso contrário, se escolhemos um assunto que estamos animados no momento, pode ser um interesse passageiro e não será sustentável no longo prazo.
Quando você gosta do processo, a maior dificuldade é criar um sistema para criar mais ideias!

Frequência & Processo
Muitas pessoas entram em pânico por não saber o que exatamente escrever todas as semanas e sendo sincero também pensava desta maneira. Se a ideia é postar semanalmente, são 4 conteúdos por mês.
Ao invés de entrar em pânico semana a semana pensando no que você vai escrever, tente pensar de outro jeito: são SÓ QUATRO conteúdos, quais foram os temas e tópicos que mais te chamaram atenção e mais te interessaram nos últimos tempos para escrever sobre eles.
Tudo é sempre questão de perspectiva, parece algo muito simples e até um pouco tosco, mas tive o prazer de fazer uma mentoria com um profissional de Scrum dos EUA e conversando sobre priorização de tarefas ele comentou que listando todas as tarefas necessárias de maneira visual e sabendo tudo que precisamos fazer acabamos criando mais foco.
Priorização cria foco.
Quando fui montar meu sprint do mês, listei as tarefas que precisava fazer e tive aquele momento de explosão na cabeça: era só isso?
Muitas vezes nos desesperamos com alguma coisa e o simples fato de mudarmos nossa percepção faz com que aquilo mude completamente.
Antes essa incerteza me causava ansiedade e hoje essa incerteza com a mentalidade de só ter 4 conteúdos no mês me dá mais ânimo e energia para consumir mais conteúdos e trazer assuntos relevantes nas novas edições.
Grande parte dessa mudança foi a prática, é claro, quanto mais fazemos algo, a tendência é que a gente aprenda mais e fique mais proficiente naquilo.
Se o seu objetivo é escrever mais vezes na semana, a consistência no processo toma uma proporção ainda maior. 2, 3, 4 ou 5 vezes na semana exigem sistemas e hábitos para garantir que o projeto realmente aconteça!
Se você tem alguma familiaridade com um funil de vendas ou de marketing, essa é uma ótima analogia de como podemos lidar com produção de conteúdo:
Topo: Aqui é onde fica tudo o que consumimos
Meio: Aqui é onde os conteúdos que nos interessam ficam no fundo da nossa cabeça
Fundo: Aqui é onde as ideias começam a tomar forma
Essa analogia pode servir para criar algum tipo de sistema (se você for do time dos metódicos), mas a ideia é ter em mente que quanto mais conteúdos nós consumimos, mais nossa cabeça vai começar a ruminar novas ideias.
Se só consumimos uma fonte de conteúdo e esperamos ter ideias diferentes ou “fora da caixa”, desculpa dar esse balde de água fria, mas provavelmente não vai acontecer.
“When you combine things that are not supposed to combine, people get interested” - Naval Ravikant
Em uma tradução literal: “Quando combinamos coisas que parecem não combinar, as pessoas começam a se interessar”.
Fazer essa conexão de assuntos que parecem não combinar também é o resultado da nossa cabeça ser exposta a ideias novas ao mesmo tempo.
Claro que não precisamos criar uma obra prima para cada texto escrito, mas essa ideia de conectar coisas diferentes pode ser simplesmente a sua opinião, a sua essência, dentro de cada conteúdo.

Sistemas e hábitos
Sou suspeito para falar desse assunto, mas serei breve com uma só ideia de como tudo, desde nossas metas até nossa rotina diária está conectado.
🏭 Imagine uma fábrica, ela existe para produzir alguma coisa, dentro dela existem máquinas que garantem a produção.
⚙️Cada máquina tem seus e mecanismos e partes que garantem o funcionamento da fábrica.
🪫Por fim, se as máquinas estão fora da tomada sem energia, ela não faz nada.
✅As metas e objetivos são o que a fábrica produz, e isso sempre pode mudar!
🔋As máquinas são os nossos sistemas.
🔌E a energia são os nossos hábitos, o que fazemos todos os dias.
Geralmente pensamos nessas coisas separadas, quando na verdade é tudo parte de uma só hierarquia. Sem energia não fazemos nada e como o ditado que geralmente é atribuído a Aristóteles diz: “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, portanto, não é um ato, mas sim um hábito.”
Tudo isso para dizer que talvez vamos passar somente 1 ou 2 horas escrevendo durante o final de semana, mas a qualidade do que vamos colocar no mundo vem das coisas que consumimos e fazemos todos os dias!
Isso é realmente pra você?
Antes de pensar em 100, 1.000 ou 100.000 leitores, o começo é só você e o computador.
Se estamos começando agora, não temos como esperar que muitas pessoas apareçam do nada pelo simples fato de que não tivemos consistência o suficiente para alguém falar “sempre que tiver um problema nesse assunto vou buscar essa referência”.
Escrever não é para todo mundo, assim como ler também não (isso é um negócio que me dói de falar, mas infelizmente é verdade).
O resultado é uma consequência da consistência, assim que nos provamos consistentes e entregamos conteúdos todas as semanas (ou na periodicidade que foi definida) as pessoas passam a te descobrir porque se deparam com um conteúdo bom e olham que você postou frequentemente durante os últimos meses.
Sonhar grande é bom, mas antes de criar expectativas tente escrever alguns posts no LinkedIn, no blog da sua empresa ou em qualquer lugar, se não conseguimos escrever, não tem motivo de começarmos uma newsletter não é mesmo?
A parte mais importante é começar, meu primeiro texto provavelmente é horrível se ele for comparado aos meus últimos conteúdos, o que mudou nesse meio tempo? Bom, depois de escrever mais de 60 conteúdos por aqui aprendi uma coisinha ou outra…
Sem consistência, provavelmente teria desistido nos primeiros textos.
Um segredo é que além dos mais de 60 conteúdos que foram publicados existem vários rascunhos que nunca chegaram a ver a luz do dia e muitos outros vão entrar em conteúdos futuros.
Nem todo mundo começa do mesmo lugar: comentamos do ponto de vista de alguém literalmente começando agora, se você como perfil em redes sociais ou como empresa já tem alguma bagagem, uma audiência, o processo é um pouco diferente, mas a essência é a mesma. Se você tem uma audiência, mas nem gosta de escrever, a newsletter provavelmente não é o caminho mais interessante para o seu caso.
Insights - Nina News da Karina Tronkos
A Karina já produzia conteúdo para outras redes sociais, LinkedIn, Instagram e Youtube. E como todos os conteúdos começam pela parte escrita a newsletter começou a ficar cada vez mais interessante.
As grandes vantagens de optar por uma news foram melhorar a escrita, um meio de produção de conteúdo que demanda muito menos tempo comparado com a produção de vídeos por exemplo e principalmente uma maneira de produzir conteúdo com mais profundidade para ganhar ainda mais autoridade.
Antes de lançar a Nina News, a Karina passou pelo processo de benchmark para ver o que ela curtia nas outras newsletters para entender um pouco mais das plataformas e do tipo de conteúdo que as pessoas estavam produzindo.
Depois de um tempo procurando referências ela chegou em um template legal e na primeira edição já não seguiu o template e entendeu que essa estrutura não era o jeito ideal de produzir o conteúdo que ela queria.
O jeito de produzir conteúdo que deu certo para ela, e que também adotei por aqui, é um modelo chamado de Segundo Cérebro do Tiago Forte, que é basicamente um método de anotar referências e ideias para transformá-las em algo prático.
Sobre plataformas ela acabou escolhendo o Substack e o LinkedIn, mesmo que possa ter uma parcela repetida do público, são duas audiências majoritariamente diferentes, então é basicamente utilizar o mesmo conteúdo e usar 2 plataformas para entregar para uma audiência maior.
Como ela já tinha uma audiência no LinkedIn, o alcance acaba sendo bem maior, mas eles não oferecem a mesma inteligência do Substack com analytics, recomendações e outras funcionalidades próprias para newsletter.
FRAMEWORK - MÃEREVISÃO
Uma das coisas mais legais da conversa foi que ela comentou que uma galera perguntava pra ela quem fazia o copy e o processo é ela escrevendo tudo e ainda rola uma revisãozinha da mãe para ver se a linguagem está boa, se usou algum termo que outras pessoas não vão entender.

É engraçado que muitas vezes pensamos que temos que fazer tudo sozinhos, mas por que não pedir para alguém próximo dar uma revisada? Não interessa se a pessoa não é da área, mas outra visão, outro ponto de vista sempre vai te ajudar a enxergar a mesma coisa com outros olhos e, consequentemente, outros feedbacks!
Criando Escala
Depois de escrever alguns conteúdos e pegar gosto pelo negócio, 100, 1.000 usuários são outros marcos importantes e existem estratégias diferentes que podem ser abordadas para aumentar sua audiência!
Para o Lenny os guest posts foram o carro chefe até esse marco, é basicamente um conteúdo que podemos oferecer para outras newsletters, portais, blogs e etc em troca de divulgação, você escreve um conteúdo para essa pessoa/empresa e coloca um link para a sua newsletter.
Em produção de conteúdo e SEO isso é conhecido também como backlink, é um conteúdo no site de outra empresa que direciona tráfego para o seu site (ou para qualquer outro lugar que você produz conteúdo).
A B2B cresceu na base de recomendações, dentro da plataforma que utilizamos (Substack) existem muitas newsletters brasileiras sensacionais e nosso esforço foi nos aproximar dessas pessoas e criar uma rede de recomendações entre nós.
Inclusive essa foi uma das partes que mais gostei do projeto, o contato com pessoas sensacionais.
Insistimos que para construir conteúdos ou projetos precisamos sempre estar consumindo conteúdos novos, por isso deixo abaixo uma BELA lista de outras newsletters de uma galera que contribuiu com a B2B de alguma maneira até agora:
Nina News | TechDrop | Dealflow BR | Weekly Tech Update | Abreu Newsletter | A nova economia do Micro-Saas | Let’s Open | Exit in Public | Notes by Letícia | Builders 2 Builders | No Rastro do Unicórnio | W Fintechs | Bits, Stocks e Blocks | Business & Consumer | Brazil Crypto Report | Menos Errado | elevatorBiz | The GrandFounder | I'm No Economist | Thomaz’s Newsletter
Claro que não são todos, mas é IMPOSSÍVEL não se inspirar lendo pelo menos uma dessas news!
Insights - The Bear Cave do Edwin Dorsey
Em uma série de 19 tuítes, o Edwin comenta alguns pontos essenciais para o sucesso da newsletter dele durante os 3 anos que ela existe e abaixo destacamos os pontos principais:

Faça algo ÚNICO, queremos ser a única pessoa que faz o que a gente faz. Ninguém quer mais emails, então precisamos de algo que se diferencie para funcionar.
Os nichos são muito maiores do que achamos, lá no Substack tem newsletters de poesia, jardinagem, quadrinhos, política, filosofia, viagens e etc. Se você for apaixonado por algum nicho específico pode se surpreender com o tamanho da audiência!
Mantenha o conteúdo simples e “curto”, o Edwin manteve seus conteúdos abaixo de 2.000 palavras, que ainda sim é um conteúdo longo para um email!
Menos emails, o The Bear Cave envia 6 emails todos os meses, 4 gratuitos e 2 pagos. É muito melhor receber algo bom todas as semanas do que algo medíocre todos os dias.
Bom conteúdo somado com uma boa distribuição é a fórmula do sucesso de uma newsletter. Não é só sobre o que escrevemos, mas como conseguimos que novos leitores nos descubram.
Use o Twitter, os grandes autores do Substack usam a plataforma frequentemente para se conectar com novos leitores e para construir uma confiança ainda maior com a audiência
PS: No Brasil o cenário de newsletter ainda não é tão popular como é nos EUA por exemplo, mas para nós uma boa dica é que distribuindo em outras redes sociais, estamos nos expondo para mais pessoas e cada rede pode ser uma fonte de novos leitores.
Aceite convites para podcasts, cross posts e outras maneiras de se expor para audiências novas. Ao aceitar esses convites e nos próprios conteúdos, deixar um caminho de comunicação aberto sempre será uma maneira de abrir novas oportunidades, sejam elas de negócios ou simplesmente networking.
A maior fonte de crescimento de assinantes é a união de bons conteúdos com promoções eventuais.

Cada ponto destacado no gráfico foi um email “vendendo” a assinatura, dizendo os benefícios, que nesse caso são conteúdos pagos de análise mais profunda de um assunto específico.
Customize seu email de boas-vindas, uma boa primeira impressão é essencial para mostrar o valor do seu conteúdo e já criar expectativas para o primeiro email que o leitor for receber.
Se conectar com outros autores, entrar em contato com outras pessoas que escrevem pode ser uma ótima fonte de conselhos, bons contatos para trocar benchmarks e quem sabe até cross posts e recomendações.
Tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas que estavam começando uma newsletter e é sempre um prazer compartilhar um pouco da nossa trajetória para ajudar projetos novos!
Se quiser trocar uma ideia, bora marcar um café? ☕
Sem uma audiência antes de criar a newsletter, usamos nossas redes sociais para impulsionar a B2B, mas como já comentado anteriormente, a produção consistente de conteúdos que vai atrair a atenção de novos leitores.
Conseguimos uma audiência de 100 leitores com apenas 4 conteúdos publicados e de 100 para 1.000 leitores a quantidade de conteúdos já passava de 70 edições!
Sobre o processo de crescer de 1.000 para 10.000 leitores, o Lenny comenta na entrevista que além dos guest posts, foi a consistência durante 9 meses que impulsionou a audiência.
“Já tentei de tudo. Nada funciona melhor que consistência, qualidade e resolver problemas para as pessoas, criando valor para o problema que seu público tem.”
O produto da newsletter é o conteúdo, então todo o seu foco deve ser em escrever algo que realmente faça a diferença na vida das pessoas para não ser mais só um conteúdo no inbox.
Se entregamos valor com consistência e começamos a construir uma rede de apoio (recomendações, guest posts, conteúdo em redes sociais e etc), o crescimento é consequência desse esforço!
Iniciativas que você pode usar!
Cross Posts:
A partir dos contatos que você for conseguindo, oferecer textos em outras plataformas pode ser uma ótima maneira de agregar valor para outras audiências e para fazer uma “promoção” da sua newsletter em outro lugar, por menor que seja o “jabá”.
Mesmo que não tenha nenhum link direto para o seu projeto, as pessoas que gostarem podem procurar o seu perfil e vão acabar se deparando com a sua newsletter.
Na Builders 2 Builders nós chamamos alguns convidados por mês para falar sobre assuntos que geralmente não trazemos, desde finanças até recursos humanos e achamos que é uma oportunidade boa para ambos os lados, nossa audiência recebe um conteúdo qualificado de um profissional do mercado e o convidado ganha basicamente uma audiência nova para conversar e fazer uma ponte para o que quiser, a página do LinkedIn, um projeto próprio, a empresa ou qualquer coisa que a pessoa julgar interessante.
Programa de Indicação:
Esse foi um dos pilares mais importantes da Morning Brew, uma das pioneiras em newsletter e é base para o crescimento de muitas newsletters por aí.
O programa de indicação é basicamente um programa de incentivos que a moeda de troca são novos leitores, é aquele “indique para 5 amigos e ganhe uma caneca”.
Faz sentido para a newsletter porque muitas vezes o custo de aquisição de novos leitores vem de canais de anúncios pagos. No momento que os próprios leitores recomendam a newsletter e são recompensados por isso, eles se tornam sua maior alavanca de crescimento.

Exemplos de recompensas da Morning Brew: Uma newsletter exclusiva, adesivos, comunidade exclusiva, porta cartão no celular, camiseta, caneca, moletom e a maior é uma visita para o escritório da empresa.
É possível utilizar ferramentas externas, mas o Substack e o beehiiv também possuem essa funcionalidade das próprias plataformas.
Considerando que o beehiiv foi criado por um dos membros que desenvolveu o programa de indicações da Morning Brew, é algo a se pensar quando você estiver fazendo a escolha de que plataforma utilizar!
Esse assunto podia ser um texto inteiro à parte, então se você estiver nessa etapa o texto do Tyler Denk é A referência para dar uma olhada: Como o programa de indicações da Morning Brew criou uma audiência de 1.5 milhões. (em inglês)
Meios de Monetização
Essa parte ficou no final justamente porque tem muita coisa que vem antes de pensar em fazer dinheiro com uma newsletter, se te venderem a ideia de fazer uma newsletter por causa do dinheiro e você se frustrar escrevendo, não teve motivo nenhum em te iludir para começo de conversa.
A monetização na verdade é algo que pode vir de vários lugares diferentes, podemos colocar inserções para anunciantes ao longo das edições, podemos fazer edições inteiras dedicadas a uma marca, convidados podem pagar para ter um texto deles compartilhado com seus leitores, podemos ir para a rota de produtos e serviços, ou simplesmente podemos criar um link de apoio para as pessoas doarem para o seu projeto.
Nos EUA é bem comum as pessoas pagarem para ler algum conteúdo, Bloomberg, The New York Times e diversas outras empresas usam esse tipo de estratégia e aqui nós vemos esse tipo de “bloqueio pago” em alguns sites, mas culturalmente ainda não estamos tão acostumados como os americanos a pagar por conteúdos.
O resultado disso é que os leitores pagos talvez não sejam um caminho tão natural, mas aí que vem nossa criatividade de criar coisas atrativas para nossas audiências.
Comunidades são exemplos que funcionam muito bem e cada vez mais ganham popularidade, a Growth Leaders Academy é um ótimo exemplo.
Plataformas Disponíveis
Substack
Pontos Positivos: A proposta deles é basicamente não ter trabalho além de escrever, portanto a plataforma é muito intuitiva e fácil de mexer.
O editor de texto também é um dos melhores, tanto para escrever, quanto esteticamente para quem recebe os emails.

Dashboard do Substack
Pontos Negativos: A parte de dados deles deixa a desejar, temos os dados de taxa de abertura, a lista dos leitores, estatísticas de visitas e se clicarmos em um leitor podemos ver quais emails a pessoa recebeu, quais ela abriu e os links clicados
Quanto custa? O Substack não cobra nem limita o tamanho da sua base de leitores, eles ganham com uma taxa dos seus usuários pagos.
beehiiv
Pontos Positivos: Ao contrário do Substack, o dashboard de dados é uma das maiores vantagens da plataforma, com dados mais completos e a capacidade de segmentar audiências e criar segmentações dinâmicas.
Os criadores do beehiiv alavancaram a Morning Brew, que virou um case de sucesso com um programa de indicação, e essa é outra grande vantagem da plataforma, o programa de indicação nativo.
As configurações de disparo também são melhores que a do Substack, você pode fazer um teste A/B de título por exemplo.

Dasboard do beehiiv
Pontos Negativos: É um assunto subjetivo, mas o editor é pior que o do Substack com certeza. Esteticamente ele dá a impressão de ser mais “cru”, um exemplo de como as votações ficam nos emails do Substack e beehiiv, respectivamente:

votação dentro de um conteúdo do Substack

votação dentro de um conteúdo do beehiiv
Quanto custa? Existe uma versão gratuita, mas com funcionalidades limitadas, os outros planos custam US$504 e US$1.008 por ano, considerando o dólar a R$5 os planos custam, respectivamente, R$2.520 e R$5.040 por ano.
Outras alternativas:
Ghost, mailchimp, LinkedIn Newsletter, pingback, ConvertKit, Sendy e em termos práticos, uma newsletter é uma base de emails e disparos frequentes. Diferente de um fluxo de conversão de vendas como o conteúdo é sempre novo, a automação não é a mesma coisa.
Dito isso, qualquer CRM também seria uma plataforma para a criação de uma newsletter, porém a prática comum para essas plataformas é cobrar por contato, então quanto maior a sua base, mais cara também.
Para não estender ainda mais:
Cada um dos tópicos que passamos por aqui podia ser um conteúdo separado, então se você quiser se aprofundar em algum deles ou trocar uma ideia sobre, me manda uma mensagem por aqui ou bora marcar uma call para conversar!
A ideia é criar uma rede de apoio entre autores de newsletter, justamente porque essa colaboração ajuda muito com insights e a troca de audiências é uma alavanca de aquisição que é um ganha-ganha para os dois lados.
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