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🧭 Mais Fácil do Que Parece
Você complica demais as coisas antes de começar algo novo?

MP;RA
(versão brasileira do TL;DR, too long didn’t read, Mó Preguiça, Resume Aí)
O nicho que você se interessa é pequeno demais? Se até mágica tem criadores com milhões de inscritos, acredito que todo nicho tem potencial.
Obsessão & Curiosidade, é tudo sobre jogar em longo prazo, quando nos importamos com algum assunto acaba sendo mais sustentável de criar conteúdo por exemplo.
Muitos criadores já foram pioneiros e trilharam caminhos diferentes, por que não usar a jornada deles como referência para termos um pouco de clareza?
Educar, inspirar e entreter são os tipo de conteúdo que podemos criar, mas independente de qual você achar interessante, o importante é começar.
Trabalhando para várias empresas acredito que a única coisa em comum entre todas elas era que eventualmente surgia um pensamento:
Estou ajudando uma empresa a crescer, por que não faço isso em algum projeto meu?
Minha resposta para esse pensamento era ficar animado com algum projeto, começar a planejar ele, eventualmente bater em uma parede e voltar à estaca zero.
A principal barreira pra mim sempre foi sobre o que falar ou fazer. Parecia que não tinha conhecimento suficiente para começar algum projeto e sinceramente esse foi meu maior erro.
Ninguém é preparado o suficiente, mas a diferença é que poucas pessoas se arriscam e começam.
Se as pessoas que começam são poucas, as pessoas que continuam e levam qualquer projeto para o longo prazo são uma porcentagem menor ainda.

Regra do 1%, termo criado por Ben McConnell e Jackie Huba.
Essa regra me fez enxergar as coisas sob outra perspectiva, se 90% das pessoas só consomem e não criam nada, sobraram 10% dos indivíduos.
Dos 10% que restaram, 9% contribuem e só 1% efetivamente criam algo.
E ainda nesse 1%, existem quantos nichos, temas e mercados? Centenas, milhares e mesmo assim ainda tem bastante gente falando sobre as mesmas coisas.
Um nicho sem competição é um negócio que parece impossível, mas na realidade é mais fácil do que parece…
Comece pelos seus Interesses
Na pandemia estava procurando por algum hobbie porque não aguentava mais a mesma rotina e precisava de algo diferente.

@baomagic
Comecei a ver uns vídeos assim, me interessei em aprender a embalharar cartas e tentar algumas mágicas. Parece um nicho meio específico demais não? Então…
O Chris é provavelmente o maior criador desse nicho e o jeito que ele produz os vídeos sobre mágica, cartas e até os vlogs chamou atenção de 7.13 milhões de inscritos.
Você pode pensar que ele é só um ponto fora da curva e é mesmo, mas dá uma olhada nos canais de outros criadores de mágica e cartas:

Escrevi “cartinhas” porque geralmente é assim que as pessoas tratam algo que elas não entendem, do mesmo jeito que CS:GO e League of Legends são só “joguinhos” para quem não entende a proporção que eles tomaram.
Mais que o tamanho do canal desses criadores, de 55 mil a 7 milhões de inscritos, olha a quantidade de vídeos que essa galera produziu, 100, 131, 401, 931 e 3400 vídeos…
TRÊS FUCKING MIL VÍDEOS SOBRE MÁGICA E CARTAS.
Isso me esclarece dois pontos principais, existe audiência para praticamente qualquer assunto e é possível produzir MUITO conteúdo, mesmo em um tema bem nichado.
O que você está lendo agora é resultado da mistura dos meus interesses e esse é meu conselho se você quiser começar a criar algo, comece pelos seus interesses.
Ainda me arrisco a dizer que quanto mais “nerdola” de algum assunto você for, mais conexões reais e impactantes vão surgir. Tudo isso pelo fato de ter interesse genuíno sobre o assunto.
Quantas pessoas começaram a fazer vídeos sobre mágica e cartas, dessas que começaram, quantas chegaram nos 100 vídeos? Eles são o 1%.

Substitua nicho por obsessão e você vai saber por onde começar
Tem uma página muito foda no insta @behaviorhack, lá o Zach Pogrob compartilha a visão de mundo dele a partir do lema: follow obsession.
O mais próximo em significado seria siga a sua paixão, mas como a intensidade é diferente, não tem jeito melhor de traduzir isso, siga a obsessão.
Obsessão é o que transforma pessoas na média em pontos fora da curva.
Quando você está obcecado, jogar o jogo importa mais do que ganhar e é por isso que você vai ganhar.
Excelência é o resultado natural de uma obsessão fora do normal.
Voltando para a regra de 1%, quantas pessoas realmente tiram uma ideia do papel? Dessas pessoas que começam, quantas fazem isso pensando no longo prazo?
Quem joga no longo prazo provavelmente “ganha“, não porque são melhores, mas porque são os únicos que persistiram.
Seguir uma obsessão significa gostar tanto de algo que é possível fazer aquilo por muito tempo, é algo que você realmente se importa.
Se você realmente se importa, vai conseguir fazer aquilo por muito tempo e o foco em “jogar o jogo” é o que vai te levar pro longo prazo com aquelas poucas pessoas que jogaram o longo prazo.
Se você substituir nicho por obsessão, você provavelmente vai saber por onde começar!
Quais são os caminhos que podemos escolher?
Temos a sorte que vários criadores já desbravaram esse caminho e hoje conseguimos ter clareza sobre algumas opções que podemos trilhar com o nosso negócio.
O que você não precisa para começar um negócio:
- um bilhão de dólares
- conexões de alto nível
- um diploma de negócios
O que você precisa para começar um negócio:
- uma conta em uma rede social
- aprender a escrever
- valor para oferecer
Entenda negócio como projeto paralelo, hobbie ou o que você quiser.
Precisamos de muito menos do que imaginamos para começar.
O Alex Lieberman, um dos cofundadores da maior newsletter do mundo, a Morning Brew, fala disso com frequência no LinkedIn dele.
Se o inglês estiver em dia ele é uma puta referência para pelo menos dar uma motivação (se o inglês não for seu forte, ctrl c + ctrl v e pede pro ChatGPT que dá certo também).
O processo de 4 etapas da Economia de Criadores:
1) Construa um negócio.
2) Crie conteúdo sobre o processo.
3) Cresça uma audiência de pessoas interessadas no processo.
4) Use os benefícios: feedback do seu negócio, marketing, novas ideias de negócio e etc.
Acredito que a parte mais interessante disso é que começar com um negócio pode ser sobre criar conteúdo.
Não é a toa que Creators Economy se tornou um assunto em destaque, economia de criadores nada mais é do que as pessoas que produzem conteúdo relevante.
Lembra daquele 1%? Esses criadores que produzem conteúdo para os outros 99%…
Ao falar sobre um assunto específico, conseguimos feedbacks, outras ideias vão surgindo e eventualmente podemos transformar essa audiência qualificada em clientes para qualquer produto que você tenha em mente.
Podemos começar como contribuidores ou ir direto para a classificação de criadores, mas o importante é que esse nicho escolhido tem que ser uma comunidade que você realmente se importa (por isso começar pelos seus interesses é um dos conselhos que mais escuto).

Muito abstrato né, mas olha o exemplo do Sahil Lavingia do Gumroad, uma pessoa muito envolvida com design e que queria criar uma maneira de compartilhar e vender as criações dele.
Como já conversava com vários outros designers e participava de grupos que falavam sobre esse assunto, ele percebeu que isso era um problema recorrente para essa comunidade e criou o Gumroad, uma plataforma para criadores venderem seus produtos para o público.
Outro exemplo um pouco mais com o pé no chão e beeem menor: eu escrevo sobre desenvolvimento pessoal e sobre creators economy porque é um assunto que consumo contéudo todos os dias.
Enquanto estou consumindo e escrevendo sobre isso estou compartilhando esse processo e já conheci e ajudei vários futuros criadores que também pensam em fazer algo parecido.
Ainda muito abstrato? Algumas ideias práticas pra você começar agora!
Ainda falando do Sahil, no livro dele “the minimalist entrepreneur“, ele comenta que existem 3 tipos de conteúdo que podemos criar para fomentar uma audiência:

Ilustração do livro “the minimalist entrepreneur“
Educar, não tem necessidade de explicar né?! É uma maneira sensacional de construir uma audiência porque tem muita coisa que a gente não sabe e com certeza alguém já passou por aquilo e pode nos dar uma luz de o que fazer em determinado assunto.
De tudo que você já viveu, dúvido que você não tenha nada que pode ensinar outras pessoas, não subestime suas experiências só porque você não tem um título de ex-insira uma empresa grande aqui.
Inspirar, essa é a etapa que você sai da posição de “professor“ e passa a usar suas experiências para falar sobre outras coisas, a vida vai muito além do trabalho por exemplo e mesmo assim tem gente que vai ficar nos conteúdos educacionais.
Aqui seus interesses também podem ser o melhor começo, espero que o que faz tenha algum motivo, algum propósito e por que não compartilhar isso também? Ser genuíno e ser vulnerável para compartilhar certas coisas exige coragem, mas as conexões que podemos criar fazendo isso tem um potencial enorme.
Entreter, quanto tempo você passa falando de trabalho e quanto tempo passa em redes sociais ou falando sobre o último escândalo, fofocas, jogos do seu time e etc? Passamos muito mais tempo no “entretenimento” por isso entreter é uma das melhores maneiras de alcançar uma audiência enorme, mas estamos competindo com MUITA coisa.
Tem muitos jeitos de produzir entretenimento, mas o conselho continua sendo criar algo que você gostaria de consumir, não seja a pessoa que posta meme forçado no LinkedIn sabe…
Para não ir muito longe, vou deixar outra recomendação do Dan Koe falando sobre como transformar seu conhecimento em um negócio (esse não tem legendas em português):
Mais fácil do que parece?
É mais fácil do que parece justamente porque muitas vezes não enxergamos o caminho com clareza.
É fácil ensinar, inspirar e entretener? Nem um pouco, mas o que precisamos para aprender é começar.
Por mais abstrato que “criar uma mentalidade” seja, é a maneira que enxergamos as coisas que molda o que realmente somos capazes de fazer (puta papinho de coach, mas é verdade).
Se você acha que não consegue, por que vai se incomodar em tentar?
Não é sobre excesso de confiança ou arrogância, mas talvez você só não percebeu que o caminho é mais fácil do que parece…
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